COMO SERÃO OS ADULTOS DE AMANHÃ?
No artigo que abre alas para a nova colunista do Blog, você reflete sobre Educação
Colunista PEDAGOGA DEBORA LIDIANA
Em experiências vividas em sala de aula, em comunidades pobres, se pergunta o que as crianças querem ser quando crescer, chocando se com a resposta que sai de maneira totalmente natural da boca de algumas delas: “ser matador, pegar uma arma e sai botando moral”. E de onde vem essa resposta tão absurda, num mundo que se desenvolve de maneira tão deformada?
Segundo a ONU, um sexto da população mundial vive em favelas e 01 de cada 08 crianças com aproximadamente dez anos vivem próxima às áreas dominadas pelo tráfico. E é assim, criados no crime, vivendo uma vida curta, que grande número de crianças brasileiras só vivem a lei da brutalidade, da força, da morte... Onde quem tem arma na mão, tem “moral”. A vida real para eles é a droga e o dinheiro que ela dá, o resto está tão distante e irreal, que parece só existir nas novelas e filmes.
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)- Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.
Artigo 53 dispõe que a criança e o adolescente ‘’têm direito à educação, visando o pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. ’’
Artigo 227, a Constituição Federal consagra uma recomendação em defesa da criança ao dispor que ‘’é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, com absoluta prioridade, dentre outros, o direito à educação’’.
Assim, termino este, com uma simples pergunta: Como serão os adultos do amanhã se não colocarmos em prática o que já está no papel?
Debora Lidiana é Pedagoga pela UVA Recife e atuou como Educadora da Rede Pública Estadual durante 04 anos, contribuindo também com os projetos desenvolvidos pelo Instituto Ayrton Senna.
